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Avanços nas construções sustentáveis

Avanços nas construções sustentáveis
por Miguel Bahíense

O Brasil está progredindo a cada dia nos debates sobre assuntos relacionados ao meio ambiente. Temas como construção sustentável, que considera o bem estar das pessoas, o menor impacto ambiental e o custo-benefício competitivo deixaram de ser relegados ao segundo plano e ocupam lugar de destaque nas discussões estratégicas da construção civil. Segundo o Green Building Council, uma das ONGs americanas certificadoras de edificações sustentáveis, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes.

Diante deste contexto, o país segue uma tendência mundial de desenvolvimento tecnológico em busca de produtos que tenham foco em sustentabilidade, agregando a eles melhor custo-benefício, eficiência térmica/energética e reciclabilidade. Veja o exemplo do EPS (poliestireno expandido, popularmente conhecido como Isopor-?). Atualmente, o mercado de EPS está em pleno crescimento no Brasil. O consumo aparente (valor da soma da produção e da importação, menos a exportação) do produto no país, em 2012, foi de 96 mil ton/ano e a estimativa para 2013 é que tenha chegado a 101 mil ton/ano. A construção civil destaca-se como um dos principais mercados do EPS, sendo estimado que 50% da produção brasileira são destinados a este setor. São várias as aplicações do produto na construção, entre elas enchimento de lajes, telhas, sistemas construtivos, concreto leve, forros, estabilização de solos (geofoam), entre outras.

No Brasil, diferente de outros países, não existe ainda uma obrigatoriedade de isolamento térmico ou acústico nas construções, aplicações nas quais o EPS poderia ser usado. No país, o consumo por habitante é de 0,49kg. De acordo com dados de um dos maiores fabricantes de EPS do mundo, no Chile, onde há legislação que dita que as construções devam ter isolamento, foi consumido 1,21 kg de EPS por habitante em 2012. Na Alemanha, a proporção sobe para 3,70 kg/habitante. Ou seja, o Brasil tem espaço para avançar. Um dos pontos fortes do EPS em prol da sustentabilidade é referente à redução do consumo energético propiciada pelas suas propriedades e características técnicas. A aplicação do EPS em projetos construtivos e arquitetônicos permite uma economia de energia que pode chegar a 30 %. E as vantagens não param por aí. Além da baixa condutividade térmica, baixo peso, resistência ao envelhecimento, absorção de choques, resistência à compressão e absorção de água, o EPS é um material versátil e de fácil manuseio, o que garante uma economia de cerca de 20% no prazo de construção, além de apresentar uma redução de 6% a 8% no custo total do projeto. É importante salientar que esse material também é utilizado em outras aplicações da infraestrutura, como blocos de geofoam para a estabilização de solos, por exemplo.

Fabricado no Brasil desde meados dos anos 60, o EPS é um plástico inerte, atóxico, além de versátil, higiênico. Porém, a maioria das pessoas não sabe que se trata de plástico e que os plásticos são 100% recicláveis, ou seja, o material deve ser separado na coleta seletiva e encaminhado para reciclagem. Após o processo de reciclagem, o EPS é destinado a empresas que transformam o produto em materiais como molduras, rodapés, material para escritório, entre outros. No entanto, a indústria de reciclagem poderia atuar de forma mais contundente e representativa se a coleta fosse mais eficiente. Se as pessoas não sabem como destinar adequadamente o EPS pós-consumo e, pior, se não existe coleta seletiva, o material reciclável em questão vai parar no aterro sanitário, eliminando-se todo o benefício de seus atributos sustentáveis. O Brasil tem potencial, principalmente em tempos de grandes construções, de avançar ainda mais sua posição entre os países que investem na sustentabilidade de suas construções, buscando o melhor custo-benefício à população, além da preservação do meio ambiente, com tecnologias eficientes e sustentáveis. - O Brasil tem potencial para avançar ainda mais sua posição entre os países que investem na sustentabilidade de suas construções, buscando o melhor custo-benefício à população - Miguel Bahiense é presidente da Plastivida Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos

 

Fonte: CBIC
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